Dica de Série - Review Sweet Tooth

Dica de Série - Review Sweet Tooth

 


Sweet Tooth estreou dia 4 de junho de 2021 na Netflix e em pouco tempo se tornou merecidamente, uma das séries mais maratonadas do mundo, o que se deve ao incrível trabalho dos criadores Jim Mickle, Beth Schwartz e dos produtores executivos, Susan e Robert Downey, isso mesmo, o Homem de Ferro tá produzindo uma série da DC.

Esse time deu um show de bola criando uma adaptação mais leve da história do quadrinho que originalmente tinha um tom bem mais violento e sombrio. Segundo a produtora Susan Downey, a ideia foi manter a conexão com os temas centrais mas também criar um ambiente mais agradável, o que, cá entre nós, fez toda a diferença para o sucesso da série.

Nessa série vamos acompanhar a história de Gus, um menino que exala esperança em cada póro de seu corpo, e é com esse rapazinho que embarcamos em uma delícia de fábula que aborda temas como o despertar da vida adulta, a relação da humanidade com a natureza e o medo do desconhecido. A história começa com dois eventos aparentemente simultâneos, uma pandemia chamada de Flagelo, que matou bilhões de pessoas e o surgimento dos híbridos, crianças mutantes que nascem com características de outros animais, o problema é que, ao contrário do resto da humanidade, os híbridos parecem ser imunes ao vírus da pandemia. 



Agora você entendeu porque os criadores mandaram bem nessa abordagem mais leve? Olha, eu não sei vocês, mas a última coisa que eu queria ver era uma história de fim do mundo com pandemia. Afinal, pra que assistir algo triste se já estamos vivendo o Flagelo da Vida Real?

Pois é, mas para nossa alegria, a doçura do Sweet Tooth vai além do nome, é uma delícia ver como a inocência e a bondade do coração do bico doce vão nos contagiando e despertando aquela criança que temos dentro de nós. Olha, eu sou mãe e estou praticamente um ano e meio nessa pandemia com duas crianças em casa, vinte e quatro horas por dia e é impossível não enxergar neles o mesmo otimismo do bico doce. Assistindo o Sweet Tooth, pra mim ficou bem claro, que para enfrentar tudo o que estamos passando ajudaria muito ter um pouco mais de inocência e esperança, e isso o Gús tem pra dar e vender.

No quesito qualidade a produção é impecável e o que mais me chamou a atenção foi a belíssima fotografia, os efeitos especiais práticos e é claro o desempenho do elenco.


O elenco foi selecionado por Carmen Cuba que conseguiu reunir uma galera mirim tão boa quanto a de Stranger Things. Ahn? Foi ela também? Hehe, eita mulher boa! Pois é, sabe quando o elenco é tão bom que você até esquece que tá vendo uma obra de ficção? Então, foi desse jeito. O destaque vai para o ator Christian Convery, que faz o Gus. O Showrunner Jim Mickle, disse que estava esperando que fosse ralar para conseguir alguém para o papel do Gus, por isso foi difícil admitir que logo no quinto candidato já tinham encontrado quem eles estavam procurando, segundo Jim todos ficaram de cara com o currículo de Christian, que apesar de só ter nove anos já colecionava mais de vinte créditos em produções na TV e Cinema.

A fotografia não perde para nenhuma produção de hollywood e demonstra um alto valor de produção e atenção aos detalhes com belíssimas imagens e uma iluminação que nos remete ao extraordinário e nos prende a tela com uma facilidade imensa.

Os efeitos especiais práticos de Sweet Tooth parecem ter causado muita controvérsia na maioria dos reviews que eu vi no brasil e foi muito comum ver gente reclamando do visual de algumas das marionetes utilizadas na série, deixando entender que a produção foi feita nas coxas ou que faltou dinheiro para fazer em CG. Olha gente, se tem duas coisas que não faltaram nessa produção foi dinheiro e empenho, então pode ter certeza que se tem algum efeito prático em Sweet Tooth, é porque alguém realmente queria ele ali. Segundo o criador Jim Mickle, várias referências foram utilizadas para criação dos híbridos como Gremilings, Goonies e ET. Para Jim as produções dessa época, exigiam um nível bem maior de dedicação dos cineastas e isso inevitavelmente resultava em um produto com mais classe.



Bem, deu pra ver que eu fiquei mesmo fã dessa produção né? Essa série foi capaz de me fazer maratonar até três episódios de uma só vez, e isso é algo que eu não fazia há muito tempo e eu acho que ela é uma ótima recomendação para qualquer pessoa acima de dezesseis anos que esteja procurando uma boa série para comer com farinha no fim de semana.


A primeira temporada de Sweet tooth está na Netflix. E sua segunda temporada já foi confirmada.

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